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Desobediência para ser feliz: um filme sobre liberdade

Rachel Weisz e Rachel McAdams protagonizam belíssimo longa sobre coragem e amor

Fazer escolhas continua sendo uma tarefa difícil, mesmo nos dias de hoje, quando nos julgamos tão abertos a aceitar e a fazer as nossas próprias de forma livre. Hoje tenho gostado mais da palavra coragem, que, para mim, significa a força para tomar decisões, para ser quem somos. O filme Desobediência, de Sebastián Leleio (Uma Mulher Fantástica), fala exatamente sobre isso.

No enredo, a fotógrafa Ronit (a bela e talentosa Rachel Weisz) retorna depois de muitos anos para a cidade natal, na Inglaterra, por causa da morte do pai, um rabino respeitado. Longe de querer seguir os ensinamentos judaicos, ela é vista com desconfiança pela comunidade, mas acaba acolhida por um amigo de infância (Alessandro Nivola), pupilo de seu pai, que, para sua surpresa, está atualmente casado com sua paixão de juventude, Esti (Rachel McAdams).

O judaísmo poderia ser facilmente substituído por qualquer outra religião ou impeditivo social que faz com que mulheres e homens tenham sua liberdade tolhida de tal forma a serem coagidos a seguir um rumo que não desejam. No longa, a personagem Ronit simboliza o poder da escolha para Esti, que precisou reprimir a atração que tem pelo mesmo gênero para se encaixar na comunidade em que nasceu.

Além da ótima atuação do elenco, principalmente do rabino Dovid, vivido por Alessandro Nivola, e a fotografia, o filme toca mais uma vez no tema que nunca nos deixa: o medo do julgamento de terceiros.

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